sábado, fevereiro 17, 2007
Recebida por e-mail
A maneira simples de legislar: |
Despenalização da violência doméstica já. Todos os dias, no nosso país, milhares de pais de família batem na mulher e nos filhos por não terem condições para manter uma família na ordem. Estes maus-tratos são penalizados pela lei bárbara do nosso país, o que resulta num elevado número de violência doméstica clandestina no nosso país. Alguém que não tenha condições para açoitar uma família não desejada é obrigado a recorrer à violência doméstica clandestina, muitas vezes resultando em danos psíquicos e físicos irreparáveis para o pai ou então a ir para o Mali ou para o Irão onde a prática é legal há vários anos. Muitas vezes quem não tem possibilidades de ir para o Irão é obrigado a açoitar a sua família em condições deploráveis, em virtude da lei repressiva e obsoleta do nosso país que não reconhece ao pai o direito de optar pelo que acha melhor para a sua família. Em vez disso o estado intromete-se naquela que é uma decisão do foro pessoal e da consciência de cada um e humilha os pais tratando-os como criminosos e julgando-os retrogradamente. Está nas suas mãos acabar com o flagelo da violência doméstica clandestina. Vamos mudar a lei! Ao dizer que não, estará a dizer que não quer que nada mude. Estará a dizer que nos últimos anos andou a sustentar deputados que dormem na assembleia sem apresentar propostas sérias de combate aos problemas sociais que não passem por ignorar direitos humanos fundamentais e consagrados na Constituição. Ninguém bate na família de ânimo leve. Para o fazer é porque se tem fortes razões de natureza complexa; natureza esta demasiado complexa para ser tratada em tribunais e pelo sistema penal. Porque não dar a oportunidade ao pai de decidir? Por tudo isto a única solução é dizer que sim. Sim à despenalização da violência doméstica por opção livre do pai de família, quando realizada de cinto e em estabelecimento autorizado. Estará a garantir que um pai de família lhes dê um enxerte de porrada, em segurança e que seja mais bem aconselhado no sentido de um planeamento familiar mais consciente e possibilitar que a violência doméstica seja aplicada por técnicos profissionais e a garantir o anonimato. Não há solução que não passe por legalizar a prática da violência doméstica. A actual lei persegue e humilha. Diga que sim para mudar a lei. |
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
"Se quiser saber moradas ou telefones, pressione tecla 1."
Hoje, no Providence (série do People + Arts), fizeram uma tradução digna de aplausos. Durante um desmaio de um personagem, em que outro diz "Call 911!", a tradução foi "Liguem para o 118!"
Estou mesmo a imaginar o diálogo:
- Estou, preciso de uma ambulância para o local X agora!
- (Para informações sobre moradas, pressione tecla 1)
- Não está a perceber, temos uma pessoa inconsciente, rápido!
- (Para informações sobre números de telefone, pressione tecla 2)
- Mas está a brincar, é uma E-M-E-R-G-Ê-N-C-I-A!
- (Para falar com um operador, pressione tecla 3)
- ....
Consegui passar pelo dia 14 sem comentários. Ufff...
Estou mesmo a imaginar o diálogo:
- Estou, preciso de uma ambulância para o local X agora!
- (Para informações sobre moradas, pressione tecla 1)
- Não está a perceber, temos uma pessoa inconsciente, rápido!
- (Para informações sobre números de telefone, pressione tecla 2)
- Mas está a brincar, é uma E-M-E-R-G-Ê-N-C-I-A!
- (Para falar com um operador, pressione tecla 3)
- ....
Consegui passar pelo dia 14 sem comentários. Ufff...
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
A culpa é do Fernando
Nunca deveria ter dado ouvidos a um homem tão inconstante como ele. Mas as suas belas palavras convenceram-me e deixei-me levar por elas. E por isso lá vou ter de ir a oral a uma cadeira que julgava já feita. Foi por acreditar nisto:
"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
que agora estou com o calendário todo lixado. Para a próxima estudo!
"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
que agora estou com o calendário todo lixado. Para a próxima estudo!
E queria a factura, por favor.
Decidiu este nosso governo criar uma lei que obriga o cidadão a declarar as doações que faz, mesmo entre familiares, estando obrigado assim ao pagamento de imposto. Ora isto desvirtua todo o sentido de família, onde se espera que haja espírito de união e entreajuda. Agora, se tivermos um tio, primo, avô, neto, a precisar de ajuda, bem a pode esquecer! E, não tendo a certeza, penso que o mesmo se aplica aos filhos.
Isto leva-me a pensar que, se por acaso um dia me lembrar de dar uma esmola mais generosa a um pobrezinho na rua, vou ser obrigada a exigir-lhe a factura, para poder declarar a minha doação e cumprir todos os parâmetros legais. Haja pachorra...
Isto leva-me a pensar que, se por acaso um dia me lembrar de dar uma esmola mais generosa a um pobrezinho na rua, vou ser obrigada a exigir-lhe a factura, para poder declarar a minha doação e cumprir todos os parâmetros legais. Haja pachorra...
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Elas andem aí ou como eu sou uma cobarde
Estava eu a dirigir-me calmamente à sala, para relaxar um pouco antes do jantar a ver uma série estupidificante, quando detecto um movimento suspeito na parede. Sim, era uma CENTOPEIA! Grande, gorda e feia. A 15cm do sítio onde a minha cabeça passaria. Pânico absoluto. Considerei as minhas opções: ignorá-la e seguir com o meu programa, ou matá-la. Como já referi aqui, não sou muito adepta de deixar monstros à solta em minha casa, por isso corri à procura de uma vassoura. Ao fim de muito procurar, lá a encontrei, escondida num canto. E nessa altura só pensava onde é que a centopeia já estaria. Provavelmente, a seguir-me o rasto. Desci já armada, ao encontro do perigo, e lá estava ela, no mesmo sítio. E foi então que aconteceu: senti o sangue a fugir-me, começaram os suores frios e a cobardia apoderou-se de mim. Confesso que fiquei mais de 10 minutos parada, de vassoura na mão, a vigiar os movimentos de uma centopeia, à espera que alguém chegasse a casa para fazer o trabalho sujo por mim. E que só não telefonei ao resto da família a perguntar se demoravam muito porque o telemóvel estava lá em cima e eu não me atrevia a desviar o olhar por um segundo do meu alvo.
Até que ela se mexeu! E o pavor de a perder de vista foi maior do que o de a matar. Então nessa altura, uma fúria assassina tomou conta de mim e colei a vassoura à parede com toda a minha força. E rodei-a, pressionei-a com mais força, sempre a ver se não havia fugas. E assim se passaram mais 10 minutos, pois entretanto, toda a coragem se foi e voltei a esperar que alguém chegasse a casa e me tirasse daquela posição tão incómoda. Como ninguém aparecia, fui aliviando devagarinho a pressão, até se vislumbrar um pedaço do animal, imóvel. E depois outro pedaço. E ainda outro. Achei que podia finalmente afastar a vassoura toda e pousá-la no chão. Fiquei sem saber o que lhe fazer, pelo que decidi abandonar os despojos de guerra e vir-me embora. A vassoura lá está, encostada a um armário, com os restos mortais ainda nos seus fios.
Só espero que não me apareça mais nenhuma, porque agora não pego de certeza na vassoura!
Até que ela se mexeu! E o pavor de a perder de vista foi maior do que o de a matar. Então nessa altura, uma fúria assassina tomou conta de mim e colei a vassoura à parede com toda a minha força. E rodei-a, pressionei-a com mais força, sempre a ver se não havia fugas. E assim se passaram mais 10 minutos, pois entretanto, toda a coragem se foi e voltei a esperar que alguém chegasse a casa e me tirasse daquela posição tão incómoda. Como ninguém aparecia, fui aliviando devagarinho a pressão, até se vislumbrar um pedaço do animal, imóvel. E depois outro pedaço. E ainda outro. Achei que podia finalmente afastar a vassoura toda e pousá-la no chão. Fiquei sem saber o que lhe fazer, pelo que decidi abandonar os despojos de guerra e vir-me embora. A vassoura lá está, encostada a um armário, com os restos mortais ainda nos seus fios.
Só espero que não me apareça mais nenhuma, porque agora não pego de certeza na vassoura!
domingo, fevereiro 04, 2007
Plano B
À falta de um plano A, decidimos ir ontem ao Plano B. Parecia o Caldeirão Escoante do Harry Potter, só as pessoas com bom aspecto é que o conseguiam ver, os grunhos todos que andavam por aquela zona mantinham-se estranhamente afastados. Mas ainda bem, é a chamada selecção natural.
A decoração era a coisa mais estranha que já vi: sofás com aspecto de terem estado no sótão dos avós durante 60 anos, quadros que invocam todo o espírito de comunhão e beleza noctívaga ("A Última Ceia, Mona Lisa, ...), candelabros a que só faltavam as teias de aranha pendentes, um piano, enfim, até me admirei de não ver lá o Drácula a beber um Bloody Mary. Mas o melhor de tudo ainda era o quadro do padre no quarto de banho, sem dúvida para vigiar a decência das senhoras que o frequentavam, não fosse uma destravada qualquer estar a usar fio-dental ou a ter uma conversa menos própria.
Mas o espaço é giro, sim senhor, vale a pena, a música é boa, tem zonas mais calmas, que dão para pôr a conversa em dia sem derretermos as cordas vocais. A voltar, mas de preferência num dia em que possa aproveitar direito...
Ah, é verdade... Parabéns, Francisco! :)
A decoração era a coisa mais estranha que já vi: sofás com aspecto de terem estado no sótão dos avós durante 60 anos, quadros que invocam todo o espírito de comunhão e beleza noctívaga ("A Última Ceia, Mona Lisa, ...), candelabros a que só faltavam as teias de aranha pendentes, um piano, enfim, até me admirei de não ver lá o Drácula a beber um Bloody Mary. Mas o melhor de tudo ainda era o quadro do padre no quarto de banho, sem dúvida para vigiar a decência das senhoras que o frequentavam, não fosse uma destravada qualquer estar a usar fio-dental ou a ter uma conversa menos própria.
Mas o espaço é giro, sim senhor, vale a pena, a música é boa, tem zonas mais calmas, que dão para pôr a conversa em dia sem derretermos as cordas vocais. A voltar, mas de preferência num dia em que possa aproveitar direito...
Ah, é verdade... Parabéns, Francisco! :)
quinta-feira, fevereiro 01, 2007
Porque acho que sou o Colin McRae
Inscrevi-me ontem no Desafio Seat, convencida por um amigo que também gosta destas coisas. Eram 3:30 da manhã, as inscrições tinham começado às 00:00 e já ficámos como suplentes. Estou mesmo a imaginar o pessoal colado aos pcs, a abrir o site de 2 em 2 segundos para ver se já se podiam inscrever. E nós, desconhecedores da competição feroz que envolve o acontecimento, pensámos que 3:30 ainda era cedíssimo, não havia dúvida de que íamos conseguir. Yeah, right!
Para o ano já sei, ponho toda a gente cá em casa colada a um pc, preparados para me inscreverem (não vá o diabo tecê-las e algum falhar, ou assim), que assim tenho pelo menos a oportunidade de desistir airosamente, para não passar uma grande vergonha em frente a 399 gajos e poder manter a fama de grande condutora.
Para o ano já sei, ponho toda a gente cá em casa colada a um pc, preparados para me inscreverem (não vá o diabo tecê-las e algum falhar, ou assim), que assim tenho pelo menos a oportunidade de desistir airosamente, para não passar uma grande vergonha em frente a 399 gajos e poder manter a fama de grande condutora.
Os Sousa Ribeiro
Os Sousa Ribeiro são uma família grande. Muito grande, até. Há quem diga que são a maior família do Porto.Isso já não sei, mas são muitos. Os Sousa Ribeiro falam alto, mesmo muito alto. Os "outsiders" ficam sempre com medo de estar a presenciar a discussão que vai dividir a família para sempre. Mas não, os Sousa Ribeiro estão apenas a conversar. Os Sousa Ribeiro gostam de comer.E comem muito. Onde quer que vão, levam sempre comida suficiente para alimentar 10 famílias. Mas comem sempre tudo. Porque os Sousa Ribeiro gostam de viajar. E gostam de viajar todos juntos. Não é fácil mobilizar e organizar as viagens de família, mas há sempre um Sousa Ribeiro que acaba por falar mais alto que os outros todos e tomar as decisões. E os Sousa Ribeiro 3ª geração estão a seguir o mesmo caminho. Por tudo isto, os Sousa Ribeiro são únicos.
E eu adoro ser uma Sousa Ribeiro. :D
E eu adoro ser uma Sousa Ribeiro. :D
Adenda
E já agora, podiam ter 24h de emissão, não? É que os noctívagos como eu ficam sem nada para ver até às 3h e tal, quando dá The 70´s Show, na tvi. E a partir das 4:30h também só ficam as televendas. Vá lá...
"Olá, sou a Inês e sou Foxólica."
Agora respondem todos em coro: "Olá, Inês!"
É verdade, estou completamente viciada nas séries da Fox e Fox Life. Ele é Grey´s Anatomy, House, Prison Break, Las Vegas, Will & Grace, you name it! Já sei os horários de cor, largo tudo o que estiver a fazer por um episódio novo, enfim, estou completamente apanhada. Diria mesmo que a Fox Life é o canal perfeito, não fosse um pequeno senão: a Ilha da Tentação, versão brasileira, Herbert-Richards. Mas o que é isto, meus senhores? Que ideia insana é esta de tentar meter um programa... MAU, no meio de tanta qualidade? Achavam mesmo que ia passar despercebido, que o público estaria tão enlevado com um Dr. Shepherd, que nem ia notar?? É realmente imoral que nos façam descer à realidade medíocre da televisão nacional de uma forma tão abrupta. Por isso, senhores da Fox, se me estão a ler, eliminem esse programa para mentecaptos do vosso canal, que é um insulto a devotos como eu.
É verdade, estou completamente viciada nas séries da Fox e Fox Life. Ele é Grey´s Anatomy, House, Prison Break, Las Vegas, Will & Grace, you name it! Já sei os horários de cor, largo tudo o que estiver a fazer por um episódio novo, enfim, estou completamente apanhada. Diria mesmo que a Fox Life é o canal perfeito, não fosse um pequeno senão: a Ilha da Tentação, versão brasileira, Herbert-Richards. Mas o que é isto, meus senhores? Que ideia insana é esta de tentar meter um programa... MAU, no meio de tanta qualidade? Achavam mesmo que ia passar despercebido, que o público estaria tão enlevado com um Dr. Shepherd, que nem ia notar?? É realmente imoral que nos façam descer à realidade medíocre da televisão nacional de uma forma tão abrupta. Por isso, senhores da Fox, se me estão a ler, eliminem esse programa para mentecaptos do vosso canal, que é um insulto a devotos como eu.