terça-feira, fevereiro 06, 2007
Elas andem aí ou como eu sou uma cobarde
Estava eu a dirigir-me calmamente à sala, para relaxar um pouco antes do jantar a ver uma série estupidificante, quando detecto um movimento suspeito na parede. Sim, era uma CENTOPEIA! Grande, gorda e feia. A 15cm do sítio onde a minha cabeça passaria. Pânico absoluto. Considerei as minhas opções: ignorá-la e seguir com o meu programa, ou matá-la. Como já referi aqui, não sou muito adepta de deixar monstros à solta em minha casa, por isso corri à procura de uma vassoura. Ao fim de muito procurar, lá a encontrei, escondida num canto. E nessa altura só pensava onde é que a centopeia já estaria. Provavelmente, a seguir-me o rasto. Desci já armada, ao encontro do perigo, e lá estava ela, no mesmo sítio. E foi então que aconteceu: senti o sangue a fugir-me, começaram os suores frios e a cobardia apoderou-se de mim. Confesso que fiquei mais de 10 minutos parada, de vassoura na mão, a vigiar os movimentos de uma centopeia, à espera que alguém chegasse a casa para fazer o trabalho sujo por mim. E que só não telefonei ao resto da família a perguntar se demoravam muito porque o telemóvel estava lá em cima e eu não me atrevia a desviar o olhar por um segundo do meu alvo.
Até que ela se mexeu! E o pavor de a perder de vista foi maior do que o de a matar. Então nessa altura, uma fúria assassina tomou conta de mim e colei a vassoura à parede com toda a minha força. E rodei-a, pressionei-a com mais força, sempre a ver se não havia fugas. E assim se passaram mais 10 minutos, pois entretanto, toda a coragem se foi e voltei a esperar que alguém chegasse a casa e me tirasse daquela posição tão incómoda. Como ninguém aparecia, fui aliviando devagarinho a pressão, até se vislumbrar um pedaço do animal, imóvel. E depois outro pedaço. E ainda outro. Achei que podia finalmente afastar a vassoura toda e pousá-la no chão. Fiquei sem saber o que lhe fazer, pelo que decidi abandonar os despojos de guerra e vir-me embora. A vassoura lá está, encostada a um armário, com os restos mortais ainda nos seus fios.
Só espero que não me apareça mais nenhuma, porque agora não pego de certeza na vassoura!
Até que ela se mexeu! E o pavor de a perder de vista foi maior do que o de a matar. Então nessa altura, uma fúria assassina tomou conta de mim e colei a vassoura à parede com toda a minha força. E rodei-a, pressionei-a com mais força, sempre a ver se não havia fugas. E assim se passaram mais 10 minutos, pois entretanto, toda a coragem se foi e voltei a esperar que alguém chegasse a casa e me tirasse daquela posição tão incómoda. Como ninguém aparecia, fui aliviando devagarinho a pressão, até se vislumbrar um pedaço do animal, imóvel. E depois outro pedaço. E ainda outro. Achei que podia finalmente afastar a vassoura toda e pousá-la no chão. Fiquei sem saber o que lhe fazer, pelo que decidi abandonar os despojos de guerra e vir-me embora. A vassoura lá está, encostada a um armário, com os restos mortais ainda nos seus fios.
Só espero que não me apareça mais nenhuma, porque agora não pego de certeza na vassoura!
Comments:
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Minha cara Inês... Tenho a dizer que chorei a rir com este post porque efectivamente me revejo nas suas palavras...
E pensei que já tinha comentado isto há uns meses valentes mas aparentemente não...
Quero mais posts de chorar a rir literalmente...
E tenho dito.
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E pensei que já tinha comentado isto há uns meses valentes mas aparentemente não...
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